segunda-feira, 22 de novembro de 2010

AMIGOS PARA SEMPRE - VAI COM DEUS, VINI E DESCANSE EM PAZ!


E no dia 21 de novembro de 2010, meu aniversário, fui para o Cemitério Jardim da Saudade, para o funeral de um grande amigo.
Eis que mais uma lagarta se liberta do casulo corpóreo para galgar os mais altos vôos, rumo à espiritualidade.
No meio de tanto choro e saudades, eis que o padre faz uma homenagem cantando esta linda canção.
Nesta hora, homens e mulheres se despediam de Vini, com lágrimas que certificavam o quão importante ele foi e continua sendo para nós.
Vinícius se foi e deixou saudades, questionamentos, reflexões e muitos amigos que só têm coisas boas para lembrar.
Um sorriso inesquecível!
Uma alegria contagiante!
Simplesmente, Vini.
Te amamos, brother!!

domingo, 21 de novembro de 2010

HANSENÍASE, MAL DE HANSE, MAL DE LÁZARO, MORFÉIA






Conhecida como a doença mais antiga do mundo, tem este nome por que seu bacilo foi descoberto por Gehard Hansen, mas antes deste ela já era descrita no Velho Testamento, onde em Levítico, capítulo 13, existe toda uma descrição da doença.

No período medieval, os portadores do Mal de Hansen eram obrigados a usar sinos que sinalizavam aos outros que eles estavam por perto, eram tratados e diagnósticado pelos padres que os mantinha isolados, pois além das manchas era a doença da vergonha, da desonra, da desgraça (tsaraht, na bíblia hebráica).

Hipócrates relatou-a como uma doença onde manchas claras e despigmentação de pêlos a caracterizavam, mas hoje, acredita-se que se tratava do vitiligo pela despigmentação dos cabelos no local da mancha. A elefantíase também foi tratada como lepra.

Etiologia: seu agente etiológico é o bacilo Micobacterium Leprae, além do homem, o macaco, o coelho, os ratos e o tatu podem desenvolver a doença, mas só este último pode transmití-la, além do próprio homem.

Transmissão: dá-se por meio das vias aéreas superiores, quando há um esguincho de saliva por meio da tosse, espirro ou fala. A hanseníase não pega com abraço, carinho, talheres lavados. As pessoas que moram na mesma casa que um contagiado, ficam em observação.

Fisiopatologia: o Micobacterium Leprae, parasita os macrófagos e as células de Swan, desmielinizando a bainha de mielina.
Sinais e Sintomas: surgimento de manchas mais claras do que a cor da pele ou hiperpigmentadas, o paciente, quando não inicia o tratamento de imediato, pode ter supressão da sensibilidade térmica, diminuição, ausência de sensibilidade ou hipersensibilidade em determinadas regiões, comprometimento motor em membros periféricos e ulcerações, quando no estado crônico.
Tipos de Hanseníase: Virchowiana ou lepromatosa, é a mais lenta, o indivíduo possui pouca defesa imunológica, sugem lepromas ou hansenomas (nódulos infiltrados); tuberculóide ocorre em indivíduos com boa resposta imunitária, surgem granulomas, suas manchas são assimétricas e delimitadas pela ação dos macrófagos em resposta a invasão do bacilo; dimorfa é a forma transitória entre a virchowiana e a tuberculóide.
Diagnóstico: o diagnóstico é feito pela análise clínica dos sinais e sintomas, concomitante com a anamnese, além da baciloscopia laboratorial e o estudo epidemiológico.
Tratamento: o tratamento é feito através da poliquimioterapia (PQT) composto das substâncias dapsona, clofazimina e rifampicina. Para efeito de administração das drogas é observado se trata-se de hanseníase paucibacilar (até cinco manchas no corpo), onde administra-se a dapsona, juntamente com a rifampicina e a multibacilar (mais de cinco manchas pelo corpo), onde administra-se a poliquimioterapia propriamente dita, com as três drogas. O paciente faz o tratamento fisioterápico, psicológico e muitas das vezes é encaminha do à um terapeuta ocupacional, quando não é inserido em uma equipe multidisciplinar de um hospital ou posto de saúde pública. Toda a medicação é fornecida pelos órgãos públicos de saúde.
Efeitos Colaterais: os efeitos colaterais são os mesmos da quimioterapia no tratamento do câncer. Febre, náusea, mal-estar.
Prognóstico: a hanseníase tem cura. Em casos crônicos, quando há diagnóstico de perda funcional e amputações, o tratamento é para reabilitar e adaptar o paciente à nova realidade. O tratamento na fase inicial não permite que se chegue à tanto.
Epidemiologia: é uma doença endêmica; atinge mais os países tropicais, a faixa economicamente ativa e de baixa renda; o Brasil está em segundo lugar, perdendo só para a Índia em prevalência, classificado como média prevalência por ter 4,1/10.000hab; entre 2001 e 2006 foram registrados 288.407 casos, onde 54% foram do sexo masculino, 0,5% dos casos foi com menores de 15 anos e 88,9% dos casos diagnosticaram incapacidade física funcional; o Brasil é responsável por 90% dos casos registrados nas Américas. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) os pacientes que se submetiam a um ano de tratamento ou o abandonavam, saíam dos índices de infectados, como se estivessem curados, o Brasil não haje deste modo, pois o tratamento é de 6 a 24 meses.